A viagem de avião com cachorro e gato nunca foi uma tarefa simples, principalmente em viagens internacionais. Ultimamente essa realidade está cada vez mais comum e vemos todos os dias animais de estimação em áreas de embarque nos aeroportos de todo o mundo. De acordo com dados fornecidos pela LATAM e GOL, no Brasil no ano de 2018, foram embarcados 48 e 18 mil pets, respectivamente.
Porém, quanto mais comum uma situação, maior a quantidade de tutores que negligenciam detalhes importantes na etapa de planejamento da viagem o que acarreta em impedimento de embarque dos animais.
Vamos listar aqui os 3 erros mais comuns que os tutores cometem antes do próprio dia da viagem com os seus animais. Estes normalmente levam à perda de voos e não aceitação do pet para voo.
Documentação sanitária para viagens de avião com cachorros e gatos
Esta é a parte mais importante e que serve para comprovar qualquer situação sanitária do nosso cão ou gato para a entrada em qualquer país do mundo.
Vamos esclarecer que a documentação não é somente a carteirinha de vacinação em dia, ou o atestado do veterinário com a data correta, ou o Certificado Veterinário Internacional (C.V.I) com o carimbo do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (MAPA)
Veja aqui a Documentação necessária para cada país.
Atenção nos detalhes:
- Nome do tutor em um documento deve ser igual em todos
- Não se pode apresentar uma carteirinha de vacinação com o nome do animal escrito de uma forma e no comprovante do microchip de outra.
- Não podem ter datas erradas, nem etapas que não estejam nos prazos corretos.
- Todos os documentos apresentados devem ser originais.
- Todas as assinaturas se possível de coloração azul
- Todos laudos veterinários com carimbos, papel timbrado, nome completo dos profissionais.
- Outros documentos como laudo para animais de assistência emocional ou cães guias, procurações e/ou formulários devem estar na validade e respeitando todas as regras para preenchimento.
Para viagem de avião com cachorro e gato para destinos internacionais de uma forma geral devemos apresentar os seguintes documentos:
- Certificado do microchip
- Carteira de vacinação da Raiva em dia
- Sorologia da raiva – para destinos na Europa e Japão
- Atestado do veterinário particular para o Ministério da Agricultura
- Certificado Veterinário Internacional para a entrada no outro país.
- Países como Estados Unidos e Américas não necessitam do microchip. Cada destino possui sua exigência sanitária e esta deve ser conferida antes de qualquer compra de passagem, etc.
Porém, não é somente em vôos internacionais que devemos nos preocupar em sermos cautelosos. Prazos e validades também existem para as viagens nacionais com animais. Portanto todo detalhe é relevante. A carteira de vacinação em dia, principalmente a da raiva, e o atestado do veterinário com assinatura e carimbo e validade de 10 dias é o exigido pelas companhias aéreas nacionais.
Caixa de transporte para cães e gatos viajarem de avião
A caixa de transporte é um assunto bem complicado em viagem de avião com cachorro e gato, principalmente porque ficamos refém do bom senso de cada funcionário, no que se refere ao tamanho correto e conforto do animal na hora do embarque. Regras básicas para você não ter uma surpresa indesejada no check in são:
- Seu cão ou gato deve conseguir ficar em pé – sem encostar a cabeça no teto
- Conseguir dar uma volta em torno do próprio corpo
- Não ficar com nenhuma parte para fora da caixa – nem patas, nem focinho, nem rabo
- Deve deitar confortavelmente dentro da caixa
Para embarque na cabine, os animais não podem ultrapassar o peso máximo permitido, e o material da caixa pode ser maleável (tecido) ou rígido (de plástico). Marcas específicas para este tipo de transporte não são exigidas.
De forma geral o tamanho médio para as caixas de transporte dos animais que viajam na caibe são: 25 cm de altura, 40 cm de comprimento e 30 cm de largura. Peso máximo 7 a 8 quilos.
Para as viagens no porão ou no compartimento de cargas são aceitos somente caixas de plástico rígido, madeira ou metal e que estejam dentro das normas do IATA (International Air Transport Association), órgão que regula o transporte aéreo, seja de humanos ou de animais. Ou seja, nem toda marca e modelo vendida no mercado pode ser usada nesta situação.
Cuidado com o peso e tamanho permitidos pelas companhias aéreas, mesmo que seu cão vá no porão. Caixa de transporte mais o cachorro não podem ultrapassar 45 quilos.
Cuidado com o peso e tamanho permitidos pelas companhias aéreas, mesmo que seu cão vá no porão. Caixa de transporte mais o cachorro não podem ultrapassar 45 quilos.
Animais que ultrapassam esse limite devem ser transportados como carga viva, sendo necessário contratação de um despachante aduaneiro para a liberação destes e uma transportadora que realize este serviço.
Animais que ultrapassam esse limite devem ser transportados como carga viva, sendo necessário contratação de um despachante aduaneiro para a liberação destes e uma transportadora que realize este serviço.
Outro item importante é a higienização da caixa de transporte. Não pode em hipótese nenhuma estar suja ou com odor ruim na hora do embarque.
Comportamento do animal no aeroporto
Este é um tema bem delicado, principalmente porque dependemos da consciência de todos ao nosso redor. Para viagem de avião com cachorro e gato, a regra de comportamento deve ser rígida.
Se nossos pets estiverem miando, latindo, rosnando, ou qualquer pessoa se sinta incomodada com a presença deles no avião, pode ser um motivo de um problema no seu embarque. Em casos extremos você poderá ser convidada/o a se retirar do avião e esperar por um próximo voo possível.
Mas como solucionar este problema comportamental? Em muitos casos o tratamento com um profissional é a forma mais segura de resolver. O adestrador saberá tratar e visualizar atitudes não desejadas e ensinar os cães e até mesmo os gatos a se “portarem” de maneira correta.
Animais que estão adaptados a lugares com muito movimento se comportam melhor do que aqueles que não tem muito contato com a vida em sociedade. Levar seu animal de estimação para passear em shopping centers, ruas cheias (como a Avenida Paulista em São Paulo, no domingo), fazer pequenos passeios dentro da caixa de transporte mesmo que seja de carro e ensinar o animal a mudanças de ambiente (principalmente para gatos) deve ser uma rotina para quem irá viajar com seu companheiro de 4 patas.
Outro ponto relevante é a adaptação que o animal de estimação tem com a caixa de transporte. Independente se na cabine ou no porão, essa adaptação é fundamental para o pet ter uma viagem tranquila e não se comportar de forma inadequada, evitando latidos, mios, estresse, medo e ansiedade. A segurança da viagem está completamente relacionada ao quando adaptado esta o cão ou gato aquele ambiente.
Essa caixa deve ser apresentada para o viajante bastante tempo antes do dia em si da viagem. Colocá-la em lugares estratégicos da sua casa, transformá-la na casinha do cão ou caminha do gato, colocar atrativos (brinquedos, comida) dentro para estimular a entrada do animal, assim como colocar peças de roupas do tutor e estimulá-lo sempre com respostas positivas são formas eficazes de adaptação.
DICA BÔNUS – O planejamento da viagem de avião com animais de estimação
O planejamento é essencial para a viagem de avião com cães e gatos. Assim como a falta dele, será o motivo de muitos problemas, inclusive o impedimento do embarque dos mesmos.
Erros comuns acontecem diariamente, mas podem ser evitados sempre “facilmente”.
Errar em algum detalhe da viagem do seu animal de estimação irá ocasionar:
- Gastos desnecessários com despesas de cancelamento e “recompra” de passagens aéreas
- Tempo perdido. Por exemplo, o embarque que estava marcado para 1 semana poderá ser adiado em até 5 meses, dependendo do destino escolhido (e o tamanho do erro)
- Noites sem dormir. Por não conseguir conversar diretamente com as companhias aéreas, não receber informações confiáveis e nunca ter a certeza que está no caminho correto.
Portanto, melhor que remediar é prevenir. Previna-se com datas corretas, com informações confiáveis, com profissionais qualificados, com conferências dobradas.
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